O jogo começou com pressão da equipe argentina, mesmo com um time bastante modificado. O Inter, comandado por Tite, soube suportar o ambiente hostil da Bombonera e mostrou a personalidade e experiência do nosso time desde os primeiros minutos. Com uma defesa bem postada e um meio-campo combativo, o Colorado apostava nas jogadas por baixo, buscando a velocidade e a técnica dos seus jogadores.

Guiñazu, como sempre, foi incansável. Magrão e Alex davam equilíbrio ao meio. E foi com essa base sólida que, logo no primeiro minuto do segundo tempo, o Inter abriu o placar: Nilmar avançou pela direita e cruzou para a área. Magrão, mesmo sendo o único jogador colorado entre quatro marcadores do Boca, apareceu como centroavante, surpreendendo a defesa e completando para o gol. Saiu em disparada na comemoração, mostrando com orgulho o escudo colorado.

O Boca Juniors respondeu rápido. Aos 11 minutos, após uma dividida entre Edinho e Dátolo dentro da área, o árbitro Óscar Ruiz marcou pênalti. Riquelme, carrasco do rival no ano anterior, cobrou e empatou, mesmo com Lauro acertando o canto e quase alcançando a bola. O gol incendiou a Bombonera, e o time argentino partiu para cima. Mas o Inter, com sua maturidade, soube enfrentar a pressão de um dos adversários mais respeitados da América. 

Na primeira oportunidade após o momento difícil, brilhou a genialidade de D’Alessandro. O camisa 10 recebeu pela esquerda, avançou em diagonal e fez a assistência por entre as pernas do defensor do Boca, achando Alex livre na área. Com um toque sutil, o meia colorado colocou no canto e fez o segundo gol, calando a Bombonera e ampliando ainda mais a vantagem colorada.

Nos minutos finais, o Boca ainda tentou pressionar, mas esbarrou em uma grande atuação de Lauro, que fez defesas importantes – a principal em uma cobrança de falta venenosa de Riquelme. O Inter sobreviveu às diifuldades do jogo, administrou a vantagem e terminou a partida gritando “olé” na casa do adversário.

O apito final decretou a vitória por 2 a 1 e a classificação colorada para a semifinal da Sul-Americana. Uma noite mágica, em que o Inter venceu na Bombonera pela primeira vez na história e mostrou que estava pronto para buscar mais uma taça internacional.