A partida começou intensa, com o São Paulo tentando pressionar em busca do resultado. Mas o Internacional, comandado por Abel Braga, soube controlar o jogo e logo deu o primeiro golpe. Aos 29 minutos, após cobrança de falta de Jorge Wagner, Rogério Ceni falhou ao tentar segurar a bola e, na dividida dentro da área, Fabiano Eller foi mais rápido e tocou para Fernandão – capitão e símbolo daquele time – que, de carrinho, mandou para o fundo das redes. O Beira-Rio explodiu em festa, e a vantagem estava cada vez maior.

Logo no início do segundo tempo, Fabão empatou o jogo após lance em cobrança de falta. O duelo entre o atual e o futuro campeão da Libertadores era de altíssimo nível. Quem fosse mais competente, levaria o título – e o Inter, comandado por Abel Braga, não deixaria o São Paulo vencer novamente. Todos sabiam: aquela era a nossa vez de conquistar a América, principalmente depois de tudo o que aconteceu no Brasileirão de 2005.

Aos 20 minutos da etapa final, em troca de passes na entrada da área, Ceará cruzou na medida para Fernandão, que cabeceou forte. Rogério Ceni fez grande defesa, mas no rebote, o próprio Fernandão cruzou para Tinga, livre na pequena área, cabecear e marcar o segundo gol colorado, fazendo o Gigante da Beira-Rio explodir novamente em festa.

Aos 39, o São Paulo empatou mais uma vez com um gol de Lenilson, mas já era tarde: o placar agregado estava em 4 a 3 para o Internacional, e ninguém tiraria essa taça das nossas mãos.

O apito final confirmou o que tanto sonhamos: o Internacional era campeão da Libertadores pela primeira vez! Uma conquista que mudou a história do clube e deu início a uma nova era. A torcida colorada fez do Beira-Rio um caldeirão e tomou as ruas de Porto Alegre em uma festa que duraria dias – e que nunca mais sairia das nossas lembranças.